Som de Aço - Geração Coca-Cola

A música escolhida dessa semana, coincidentemente, tem como um dos temas centrais o àpice do capitalismo americano: a Coca-Cola, que já foi uns dos temas do nosso Som de Aço (clique aqui). Porém, não é nenhum tipo de apologia, nem comercial (muito pelo contrário). Confiram:



Há um tempo atrás, eu era pequeno ainda quando conheci o Legião Urbana (um pouco tarde). E procurava saber do vínculo forte que essa banda tinha e ainda tem com a região onde moro. E na verdade, essa foi a música que praticamente lançou o Legião no cenário musical nos anos 80.

Pois bem, a música traz uma crítica bem pesada à influência dos costumes americanos na vida dos jovens, principalmente nas questão dos hábitos e comportamentos, muito comum nos anos 80. E usa o maior símbolo desse capitalismo para fazer as críticas: a Coca-Cola.

 “Somos os filhos da revolução.
Somos burgueses sem religião.
Somos o futuro da nação.
Geração Coca-Cola”

A música deixa claro o ponto de vista contra a influência dos EUA, e também a critica em cima de quem apoia tudo, em nome do capital. Mas não é facil, com apenas uma música, mobilizar tanta gente ao ponto de reverter a situação (no caso da própria música), pois como diz na própria música, isso é um jogo sujo.

Como já dizia Renato Russo: "Desde pequenos nós comemos lixo, comercial e industrial." E não é dificil ver muita diferença hoje em dia, pois o capitalismo americano suprimiu quase que totalmente os nossos costumes, e o que naquela época era motivo de uma possível "revolução", hoje em dia é tão normal que a gente nem percebe.

Legião Urbana: foi uma banda brasileira de rock (a melhor) surgida em Brasília ativa entre 1982 à 1996. Foi formada em agosto de 1982, após o termino de sua banda antiga, o Aborto Elétrico, por briga com o integrante Fê lemos (bateria). Com o fim da banda Fê Lemos e seu irmão, Flavio Lemos (contrabaixo), reunem se com Dinho Ouro Preto e formam então o Capital Inicial. Ao todo, lançaram treze álbuns, somando mais de vinte milhões de discos vendidos. Ainda hoje, é o terceiro maior grupo musical, da gravadora EMI-Odeon, em venda de discos por catálogo, no mundo, com média de duzentas mil cópias por mês. O fim do grupo foi marcado pelo falecimento de seu líder e vocalista, Renato Russo, em 11 de outubro de 1996. A banda vendeu mais de 15 milhões de cópias, sendo ainda é uma das recordistas de vendas de discos no Brasil incluído premiações da ABPD com dois Discos de Diamante pelos álbuns Acústico MTV de 1999 e Que País É Este de 1987.